O magnésio é um nutriente essencial para vários mecanismos em nosso corpo e atua como cofator em mais de 100 reações enzimáticas. Noventa por cento dele está presente em nosso organismo dentro de nossas células e este é um dos motivos que torna mais difícil sua avaliação através de exames. São necessários pelo menos 20 a 30% de diminuição do nosso magnésio corporal para que aconteça uma diminuição da taxa de magnésio avaliada pelo exame de sangue.
Algumas doenças causam redução do magnésio:
- traumatismos graves;
- queimaduras, pós-operatórios ou infecções graves;
- alcoolismo;
- diabetes descompensado, hipopotassemia ou hipofosfatemia;
- distúrbios endócrinos como doença de Addison, hiperaldosteronismo, hiperparatireoidismo, hipo ou hipertireoidismo;
- subnutrição proteico-energética;
- doença intestinal inflamatória como Doença de Crohn e retocolite ulcerativa;
- aumento da excreção devido a vômitos frequentes,
- pancreatite aguda;
- disfunção tubular (no rim) nduzida por medicamentos diuréticos, anfotericina B ou aminoglicosídeos.
As principais fontes de alimentos deste nutriente são:
- arroz integral
- sementes de abóbora e gergelim, linhaça
- castanha do Pará, amêndoas
- cacau puro
- folhas verdes como espinafre e acelga.
Importante saber que os fitatos e oxalatos presentes em alimentos vegetais, como feijões, diminuem a biodisponibilidade de magnésio nestes alimentos. Além disto, os cereais quando são refinados, perdem mais de 50% do magnésio.
A deficiência do magnésio pode causar sintomas:
- Quando a redução é mais grave, causando uma alteração importante até no exame de sangue, pode desencadear arritmia cardíaca e convulsões.
- Quando a redução é mais leve, pode causar sintomas como câimbras, dor de cabeça, insônia, tontura, aumento da pressão arterial, espasmos musculares, comprometimento na memória e concentração
As quatro apresentações mais comuns são:
1. Magnésio treonato
É um metabólito da vitamina C com propriedades de vitamina C-like, utilizado como agente de quelação de minerais e tem a capacidade de melhorar significativamente a biodisponibilidade do mineral. Esta forma de Magnésio L-treonato atravessa a camada hematoencefálica, tornando o magnésio biodisponível.
- Pode melhorar o aprendizado, memória e cognição. Reduz ansiedade e estresse.
2. Magnésio dimalato
Oferece melhor solubilidade e tem a vantagem de oferecer também ácido málico. Tem absorção prolongada e não produz desconforto gástrico. O magnésio dimalato tem a vantagem de otimizar a produção de energia (ATP), pois o ácido málico faz parte do ciclo de Krebs, sendo muito útil nas doenças cardiovasculares e comprometimento mitocondrial.
- Otimiza a produção de energia (ATP); ajuda na manutenção da saúde cardíaca e contribui para prevenção e tratamento de fibromialgia.
3. Cloreto de magnésio
É um composto químico de magnésio e cloro. É um suplemento utilizado para compensar o consumo inadequado ou absorção de magnésio na dieta, mas é menos biodisponível do que outros compostos de magnésio, incluindo o magnésio quelado ou magnésio dimalato.
- Melhora o sono; reduz cólicas e câimbras; aumento os níveis de energia e melhora do humor; auxilia no tratamento da artrite, bursite, tendinite.
4. Magnésio taurato
É uma molécula com duas funções, formada a partir de uma ligação estável entre magnésio e taurina. Estes dois componentes agem de forma sinérgica favorecendo a proteção dos neurônios e a saúde cardíaca.
- Ajuda na manutenção das células neurais; -otimiza os processos cognitivos, como memória e aprendizado; previne o estresse crônico e doenças neurodegenerativas, como o Parkinson; auxilia no tratamento da hiperatividade em crianças; auxilia na proteção cardiovascular e na prevenção de diabetes tipo 2 e hipertensão arterial.