Os conhecimentos e pesquisa médica avançam e aos poucos os tabus sobre esta planta vão se desmistificando. Veja abaixo 5 curiosidades sobre cannabis:
- Uso histórico:
- Existem relatos históricos de que a cannabis é usada para fins medicinais desde 2.700 a.C.. Em 1843, foi publicado no periódico inglês The Lancet que a tintura da cannabis proporciona vários benefícios terapêuticos para crises convulsivas e, em 1889 publicou que a cannabis era útil no tratamento de dependência de opioides.
- Em 1899, o Manual Merck publicou que a planta era indicada para tratar 62 problemas de saúde.
- Em 1932, descobriram a estrutura química do canabinol.
- Em 1940, o canabidiol foi isolado.
- Em 1963, identificaram a estrutura do canabidiol.
- Em 1964, foi isolado e descoberto a estrutura do ∆9-Tetrahidrocanabinol (THC).
- Por volta dos anos 70, começou-se a desenvolver os canabinoides sintéticos.
- Em 1988, identificou-se o primeiro receptor endocanabinoide, chamado de CB1.
- Em 1992, o primeiro endocanabinoide foi descoberto e batizado de anandamida e identificou-se que ele se ligava ao CB1.
- Em 1995, identificou-se outro endocanabinoide, 2-araquidonilglicerol (2-AG) bem como outro receptor chamado de CB2 e, que este 2-AG tinha ligação com o CB1 e CB2.
- Desinformação:
- Por volta de 1930, foi iniciada uma campanha de proibição da cannabis por influência da indústria farmacêutica que estava lançando a aspirina, que competia com alguns dos efeitos da cannabis. Infelizmente, vários seguimentos da indústria do papel de celulose, algodão e petróleo também fizeram campanha contra o uso dos derivados de cannabis porque perceberam que a fibra do cânhamo (um tipo de cannabis) era muito resistente e portanto, a planta era uma forte concorrente.
- Pesquisa moderna:
- Surpreendentemente, já foram identificados cerca de 560 produtos químicos na planta, sendo que cerca de 120 são compostos chamado terpenofenólicos encontrados exclusivamente na Cannabis sativa.
- Uso recreativo x uso medicinal:
- Não podemos comparar o uso recreativo (fumar maconha, por exemplo) da cannabis com o uso medicinal. O tratamento com os fitocanabinóides (derivados da cannabis) deve ser encarado como qualquer outro fármaco alopático, com padronização, metodologia e ciência.
- Legislação:
- Desde 2 de maio de 2022, está em vigor a Resolução RDC 660/2022 que define “os critérios e os procedimentos para a importação de produto derivado de Cannabis, por pessoa física, para uso próprio, mediante prescrição de profissional legalmente habilitado, para tratamento de saúde.”